Reativando antigos canais

29 de dez. de 2007

Feliz 2008!

Faça ou Foda-se!

Forceps_Show dia 9/12






Gravado com três cameritas, dois guerreiros e UM monopé maldito! Som direto em Tosco Sound 1.007312...

Aguardem TAURUS e BRUJERIA no forno! Panetone? Pede pra mamãe!

Saco preto neguinho, 2008 é saco preto!

24 de dez. de 2007

Feliz Natal a Todos Ho Ho Ho!

Feliz Navidad - Bob Marley


Merry Xmas - Ramones


Velho Batuta - Garotos Podres

5 de dez. de 2007

Manda Bala: Um filme que não pode ser mostrado no Brasil

É assim, provocador, que este documentário dirigido por Jason Kohn, um jovem norte-americano, filho de mãe brasileira e pai argentino, abre-se diante das retinas. A pergunta é óbvia: Por que não? ''''Você foi a primeira jornalista que não me perguntou isso antes de perguntar tudo sobre o filme'''', disse Kohn, após mais de uma hora de conversa com o Estado, quando o filme integrou a mostra competitiva do Festival de Cinema de Roma, em outubro, durante o qual ele explicou como conseguiu montar um caleidoscópio cinematográfico e, claro, por que seu filme não pode, a priori, ser exibido no Brasil.

''''Não posso. E é mentira que não quero mostrá-lo no Brasil. Mas não posso porque um dos personagens entrevistados no filme me disse que se eu exibi-lo aí, vai me processar''' ', respondeu Kohn. ''''No Brasil, não há leis que protegem os documentaristas, como há as que protegem um jornalista que faz uma denúncia em um jornal. Estou tentando achar uma forma legal de isso não acontecer. Quero muito mostrar o filme para o público brasileiro.' '''

Motivos não faltam para muitos se irritarem com Manda Bala. Mas diga-se o que disser. O menos que se sai é indiferente após uma sessão dessas. Totalmente filmado no Brasil, com equipe brasileira, o documentário joga literalmente a sujeira, para não dizer o óbvio impronunciável, no ventilador. E essa ciranda bizarra retratada por Kohn em seu primeiro filme não poupa ninguém. A trama desse tecido esgarçado que retrata Manda Bala é intrigante: uma fazenda de rãs fantasma se entrelaça às entranhas de uma grande cidade, São Paulo, detentora da maior frota de helicópteros particulares do mundo; que se costura a uma malha social puída e corrompida pela indústria da violência, que fabrica desde seqüestradores sem o mínimo de remorso a um cirurgião plástico premiado (o brilhante Dr. Juarez Avelar) por desenvolver uma técnica de reconstrução de orelhas (as mesmas que são decepadas pelos seqüestradores e enviadas às famílias dos seqüestrados) , passando por carros blindados e cursos de direção defensiva. Para arrematar, a corrupção que passa impune e rende remendos cinematográficos em casos de escândalo de desvio do dinheiro público. Sob o efeito borboleta, a teoria do caos evocada por Kohn se instala no Brasil e a impunidade impera em um País onde um programa para desenvolver uma das regiões mais ricas, e, ao mesmo tempo, mais carentes da nação resulta em um rombo astronômico nas contas públicas. Que brasileiro mais atento ao noticiário não se lembra do rombo da Sudam (Superintendê ncia para o Desenvolvimento da Amazônia), em que cerca de R$ 2 bilhões foram desviados dos cofres públicos, e cujas principais suspeitas recaíram sobre o ex-senador da República Jader Barbalho, que tinha, vejam só, uma fazenda de rãs fantasma no norte do Brasil? Barbalho também possui uma estação de rádio, uma TV , a RBA, e o jornal Diário do Pará.

Nesta terra onde a cadeia alimentar é cruel, sapo come sapo. A metáfora óbvia, mas adequada, incomodou a muitos brasileiros que assistiram ao filme nos festivais internacionais pelos quais já passou. ''''Uma menina, em Sundance, ao fim da sessão, só faltou chorar. Disse que eu estava fazendo desserviço à imagem do Brasil. Me disseram também que um gringo, de um país presidido por alguém como Bush, não pode abrir a boca para falar dos problemas brasileiros' ''', disse Kohn. ''''Mas, primeiro, eu não vivo no Brasil, mas sempre vivi na comunidade brasileira de Nova York. Meu pai mora no Brasil ainda. Conheço São Paulo como se fosse a minha casa. Segundo que eu nem no Bush votei'''', brada o jovem diretor que tinha 23 anos quando decidiu vender o carro e, com o dinheiro, filmar Manda Bala, em 2006.

Muito da gênese do projeto nasceu da indignação de seu pai. ''''Ele mora há décadas no Brasil. Foi ele quem me chamou a atenção sobre este escândalo todo da Sudam. Ele não se conforma com esta impunidade que há em um País onde também há pessoas que trabalham tão duro e são tão honestas. Foi a partir daí que comecei a pensar em filmar algo que falasse desse fenômeno da corrupção e da violência urbana. Está tudo ligado'''', declara Kohn, que investiu cinco anos de sua vida, a verba do carro e adoada por amigos, equipe trabalhando a preço de custo. Valeu a pena. O filme, que tem na trilha sonora clássicos de Mutantes a Tim Maia, recebeu o Grande Prêmio do Júri por melhor documentário e melhor fotografia (para Heloísa Passos) no Festival de Sundance 2007. Em Roma, em outubro, levou o prêmio especial ''''pela forma inovadora e corajosa com que se atreve a fazer cinema''''.

Há quem chame esta forma de apelação. Se apelar é mostrar cenas reais de orelhas serem decepadas diante de uma câmera caseira, de fato Kohn apela. Seria cômico se não fosse trágico. O diretor e equipe foram ao olho do furacão desta realidade que mais parece ficção. Chegaram até o reduto de Barbalho, sua rádio no Pará. ''''Ele estava dando a entrevista achando que eu fosse só um gringo que fazia um documentário sobre o Brasil e usando o filme como plataforma de campanha. Quando perguntamos sobre o ranário fantasma, saiu na hora da sala e não voltou'''', conta Kohn. Já as cenas (sur)reais das mutilações foram gentilmente cedidas por Magrinho, um seqüestrador paulistano, filho de migrantes baianos, que encontrou uma brecha na imensa periferia paulistana para ''''fazer seus corres'''' e garantir o leite dos dez (!) filhos que tem. Magrinho cobrou um ''''cachê'''' para dar a entrevista. E diz não se lembrar da primeira vez que matou. Mas que foi um ''''gambé'''' . ''''Todo mundo tem lado bom e mau. Conheço o meu lado mau. Mas não posso parar. Tenho de sustentar meus filhos. Quem sabe um não vira presidente e conserta este País?'''', diz ele . ''''Sou o político deles (os moradores da favela na periferia paulistana onde ele ''''se maloca''''). Pego o dinheiro do seqüestro e dou gás, compro remédio, mando fazer o esgoto, o asfalto. Eles me protegem. Eu protejo eles'''', diz Magrinho, que esconde o rosto, mas não disfarça a hipocrisia: ''''Quem é mais ladrão? Eu ou os políticos?''' '

É a lei da selva. Seja a amazônica. Seja a de pedra. Há 50 companhias de blindagem de carros em São Paulo, onde uma pessoa é seqüestrada todos os dias. A frota de helicópteros da cidade cresce a cada dia. Jader ainda tem seus negócios no Pará. Já Magrinho está morto. Foi assassinado pela polícia. E Manda Bala não tem previsão de estrear no Brasil.

16 de out. de 2007

5 de out. de 2007

comentem malditos!!!!!!

já que entraram deixem pelo menos um comentário.

a equipe Agnose Latina agradece.

a primeira missão foi cumprida!


no último domingo dia 30/10 enquanto alguns iam pra praia, a equipe da Agnose Latina partia rumo a Lapa para cobrir o 3º noise fest.


depois de um PF no arco-iris, chegamos na casa Espaço Hombu para iniciar os trabalhos de entrevistas e cobertura dos shows. as bandas foram bastante solicitas e proporcionaram um bom material de trabalho.


os shows foram muito bons, mostrando que o underground carioca ainda vive e bem das pernas.


após horas de cerveja e punkadaria retornamos ao nosso QG satisfeitos e com farto material para colocar o primeiro programa no ar!


agradecemos as bandas que se dispuseram a dar depoimentos, e em especial a Deise Santos, pelo apoio e atenção dispensado a nossa equipe.


isso é só o começo!


Agnose Latina TV

19 de set. de 2007

Pesquisa, Desenvolvimento e Dramaturgia




A informação por princípio será um dos pilares do canal. Roteiristas, editores e técnicos se esforçarão todas as semanas para mostrar os fatos de maneira interessante e diferenciada.

14 de set. de 2007

Tecnologia não é feitiçaria






As cameras digitais são leves e possibilitam gravações discretas, utilizando pouca luz em um desenho de produção ágil e de emergência.

As ilhas de edição não linear possibilitam transformar imagens em texto no desktop do diretor que pensa em sua câmera como uma caneta.

Finalmente utilizando o estado da arte do pensamento humano atual é possível transmitir criações via grande rede mundial de computadores.

O Brasil se destaca nestas possibilidades proporcionando sempre conforto e bem estar a todos os seus cidadãos.

A TV Agnose Latina orgulhosamente participa deste esforço Nacional de fazer com que a World Wide Web tenha sempre um toque de latinidade e o orgulho de ser do cidadão brasileiro.

13 de set. de 2007

PROGRAMA DE ESTRÉIA


é isso aí rapaziada,

Agnose Latina TV no ar em Outubro! e para não negar nossas raizes punk no programa de estréia traremos a cobertura do Show do Rattus no Rio de Janeiro.


Pra quem não sabe Rattus é uma banda finlandesa de Hardcore old school, tendo influenciado boa parte das bandas brasileiras dos anos 80 e que tocará por aqui pela primeira vez trazendo sua formação original. ou seja vai ser foda!!! além dos finlandeses tocarão também Periferia SA (formação original do RDP), Ataque Periférico, Subcut, Desvio de Conduta, Alarme e Show de Horror.





RATTUS!!!!!!! USKONTO ON VAARA!!!!

25 de ago. de 2007

old school memories

Vanessa Krongold – Ludov


Minha Avó, o Almeida, o Punk e o Ludov


Estava escutando uma música do Ludov, banda de, digamos assim, pop indie rock paulista. A faixa era “Dois a rodar”. Lembrei do meu grande amigo Almeida e de quando há um tempo atrás, enquanto conversávamos sobre som, disse-lhe que gosta de Ludov.
O Almeida olhou de lado e disse com seu peculiar jeito delicado de Português:

- Âãããhhh que boneco! Aí RP tu ta mó viado rapá!

Mas o porquê deste digníssimo gesto de amizade fraternal? Simples, o passado punk

- Bibibi de paulistinha moderninho, tchutchutchu.... vai se fuder!

E assim finalizou o meu nobre amigo.

Eu , assim como ele, fui o que pode ser definido pela maioria leiga como “jovem roqueiro”.

“Rock pauleira” era como meu pai dizia. Meu Avô achava estranho e absurdo. Minha mãe até entendia mais, até dançava com a galera! Era muito engraçado ela cantando o refrão do Fogo Cruzado junto com a gente: “movimento punk nunca há de morrer”. Já minha Avó odiava. E foi ela que me deu o meu primeiro LP (sim sou velho) de punk rock.

Desde cedo eu sempre escutei muita musica por influência da minha mãe que gostava desde Beatles, Hermeto pascoal, Novos Baianos, Alceu Valença, Pink Floyd, música clássica e Elvis Presley entre tantas outras. Não podia dar boa coisa.

Com seis pra sete anos tive o primeiro contato com o rock mais pesado. O Kiss veio tocar no rio e a musica “I love it loud” não parava de tocar no rádio, aquela do Ôôôôé... eu gostei daquilo, e pedi de presente o disco. Escutava sempre e ficava cantando e imitando tocar guitarra. Minha mãe até pintou meu rosto como o do Genne Simmons na capa do disco. Não acredito que to contando isso.

Em seguida me interessei pelas bandas do chamado “Rock Brasil” dos Anos 80, Ultraje a Rigor, Titãs, Picassos Falsos, Hojeriza, Ira. Aí em 85, com nove pra 10 anos, veio a bomba: o punk rock apareceu na minha vida.

Eu estava na 4ª série, com nove anos, quando descobri numa reportagem o que era punk, o visual e tal, foi amor a primeira vista, achei muito foda.
Passei a querer saber mais, e tentar conseguir um disco de alguma banda daquelas. O skate também tava numa onda forte nessa época e ligado diretamente ao punk tanto musicalmente quanto em atitude e visual. Existiam duas revistas de skate na época chamadas “Overall” e “Yeah”. Essas revistas traziam entrevistas e artigos sobre som também e era a elas que eu recorria para saber mais. Lembro que anotei os nomes de varias e fui tentar conseguir os discos. Nessa época eu ainda não sabia que esse tipo de som só era encontrado em lojas especializadas, e não em qualquer loja. Dei uma lista pro meu pai e pedi pra ele procurar pra mim na cidade. Imagino hoje meu pai na Gabriela Discos (sim sou velho) perguntando se tinha disco do “Lobotomia”, “Poison Idea”, Ratos de Porão e Agent Orange entre outros nomes colhidos nas páginas de revista. Não achou nada. E é aí que entra minha Avó.

Minha Avó era uma pessoa das chamadas difícil. Só fazia o que queria e mandava em todo mundo e aí de quem a enfrentasse. Morávamos no mesmo prédio, ela no 5º e eu no 8º andar. Gostava muito dela, e sempre estava por lá filando uma bóia, ou enquanto minha mãe tava no trabalho, e fazia companhia para ela também.

Aos sábados ela tinha um ritual, ir a Mesbla (sim sou velho) comprar tinta pro cabelo, ver as modas e lanchar no Viena. E eu ia sempre porque pela companhia ela sempre me comprava um disco. Na loja tinha a discoteca da Mesbla. Enquanto ela fazia suas coisas eu ficava vendo os discos. Lá comprei parte da minha coleção de discos inicial.

Pois foi num destes eventos que olhando os discos no balcão de Rock, me deparei com o primeiro disco dos Garotos Podres “Mais podres do que nunca” trazendo na capa uma foto de um bebê lindo e na contracapa a foto de um bebê faminto da Etiópia. Maneiro. E as músicas? Anarkia oi, Maldita Preguiça, Onde está a liberdade, Miseráveis ovelhas... Era isso que eu queria, peguei o LP, coloquei embaixo do braço, e fui até minha vó nervoso.

-Vó é esse aqui ó.

Minha avó só concordou enquanto conversava com a sua amiga Dona Odete, outra participante de praxe do tal ritual Mesbla.

-Toma o dinheiro e vamos lanchar.

Paguei no caixa e levei aquele tesouro comigo. Lanchei rápido ansioso para chegar a casa logo. Cheguei e fui direto colocar a bolacha na vitrola (sim sou velho). Quando começaram os primeiros acordes, a bateria rápida e o vocal gritado eu fiquei chocado.

-“Não devemos temer os que detêm o poder; Se eles são um, nós somos um milhão; Os explorados precisam se unir; Para o sistema destruir”

Porra maneiro pra caralho!!! A identificação foi imediata, é isso, isso corre nas minhas veias. Ainda comprei na Mesbla discos dos Replicantes e do Detrito Federal. Descobri em seguida as lojas especializadas, como a saudosa SubSom, na Praça Sanz Penã, e me aprofundei cada vez mais em toda a contracultura punk.
Daí pra frente conheci outras pessoas com o mesmo gosto, comecei a me vestir de acordo com aquele ideal, e só escutar aquele tipo de som, radicalismo total.
Junto com o Almeida e o Sukita, outro parceiro, desbravamos o underground carioca até o fim dos anos 90 com assiduidade, e até hoje quando rola uma parada boa ou das antigas. Vimos muitos shows, zoamos muito, escutamos muitos discos e vivemos.

Pois é, fico pensando nisso e lembro da bronca do Almeida. Realmente quem come podrão na porta do Garage na Rua Ceará não pode gostar destes paulistas, o que é pior, paulistas!
Mas também lembro da minha avó, graças a ela, e a Mesbla, eu fui punk. Mas peraí, o que tem haver família, capitalismo e punk rock? Nada. Ou talvez tudo. Essas são as minhas influências e as suas?

Ah, só pra finalizar, troquei a música aqui no Mp3 (é eu me modernizei), afinal de contas...... O movimento punk nunca há de morrer!



Ps: Eu gosto de Ludov! Ou será da Vanessa Krongold? Deixa quieto senão eu apanho.



Dedicado à memória de minha saudosa Vó Nancy.



Rodrigo Lopes.

23 de ago. de 2007

Aqui nasce uma webTV dispositivo alternativa


Pois é isso.
Esperar não é Saber.
Reclamar não é ação.
Trololó não é conversa.

Aqui começa um projeto diferente, paralelo as vidas de seus realizadores contudo com assinatura de todos.

O objetivo maior de todo mundo envolvido com Áudio Visual além de fazer é ser visto.

Vamos usar a grande rede para instalar nossas janelas e fazer uma WblogTV, aberta a conversas com quem se dignar a fazê-lo e for de nosso interesse.

A partir de outubro de 2007, assumiremos o compromisso de colocar um programa semanal de 5 a 10 minutos na grande rede, divulgando a cena cultural UnderGround Carioca. Usando pequenas câmeras e um dispositivo que garanta a longevidade desta iniciativa.

Aos poucos iremos colocar o bloco na rua. Será muito bacana a participação de quem assistir. Este projeto nasce interativo desde seu início.

Um grande abraço e nos vemos por aí!

O núcleo duro é formado por Túlio Bambino, Rodrigo Lopes, Gustavo Amaral, Ronaldo Lasmar e Tiago Teixeira.